Para ver o azul da carne.
Silêncio.
Ela está lá sentada. Olha.
O que permanece durante o silêncio?
Silêncio e Pausa.
Um instante e nada.
A mão em direção ao rosto, a mão que tenta alcançar e desiste. Ainda sentada ameaça um passo para frente, volta. Os braços contornam o rosto, se levanta, os braços agora estão soltos. Deixa o corpo cair ao chão e avança. Recua sentando novamente. Os cabelos borram o movimento. Espera. Circunda as mãos no rosto delicadamente. Olha para baixo e expande os movimentos dos braços. Cada instante. Outro gesto.
Deitada, ela pausa
A seta diz que ela está ali.
Se estrutura e começa a andar. Levanta.
Em suas palavras, ela se inclui.
“Para encontrar o azul uso pássaros. As letras fizeram-se para as frases.”
A dança e a música.
Tempo ressoante. Aqui.
Pele lisa de um silêncio.
A seta indica.
Ela permanence.
(a Bia chama Beatriz Sano, dança e cozinha que só vendo, tem o dom da síntese e me escreveu quando esteve à toa, adorável a Bia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário